domingo, agosto 19, 2007

Viagem Medieval 2007 - Perspectiva de fora e de dentro


Faz hoje uma semana que terminou mais uma edição da Viagem Medieval. Na minha opinião (como a da maioria dos visitantes, comunicação social, organização e participantes) esta foi a melhor de todas até agora realizadas. A nova organização do espaço foi brillhante o trabalho voluntário/amador das associações, participantes e organização é cada vez mais profissional no que se refere à qualidade. Ver as históricas ruas de Santa Maria da Feira, onde Portugal cresceu, completamente cheias de turistas/visitantes com um brilhozinho nos olhos (como aquela música do Sérgio Godinho) admirados com tanta beleza e recuando a um período por si só fascinante é , no mínimo, fantástico. Após uma semana já sinto alguma nostalgia a escrever sobre a última edição da Viagem Medieval. Passo por aquelas ruas, agora despidas de pessoas, com o comércio local novamente sem visitantes e penso que a Viagem Medieval é sem dúvida o melhor que Santa Maria da Feira e as suas gentes produzem. Sim, todas as gentes já que o evento é feito por todos. Em conversa com um (agora amigo) casal polaco, que vendia na zona dos mercadores, disse-lhes que se eles estavam tristes toda a Viagem estava triste. O evento apenas se faz porque todos participam e dão o seu melhor. A Viagem Medieval em Terras de Santa Maria é a melhor porque o artesão "xpto" é tão importante como o cambista volante, como a menina que vende na taberna, como o actor que interpreta o papel de João Álvares Pereira ou como o representante de determinado projecto. Há muito gente que não dá a cara e que realiza trabalhos (sim no plural) fundamentais no bom funcionamento da Viagem. Por isso (e sem hipocrisias porque quem me conhece sabe que não sou hipócrita) aquele prémio de cavaleiro da Ordem da Viagem Medieval que recebi na última noite foi uma das melhores coisas que me aconteceu, mas trocava o meu nome por uma série de pessoas que conheçi na Viagem.

Continuando a escrever sem hipocrisias digo que o futuro da Viagem Medieval é prometedor. Passo a explicar. Existem muitos voluntários ou praticamente voluntários no organograma da Viagem que "nasceram" para o Mundo a participarem como "carolas" em determinada área. Contudo gostaram tanto d participar que voltaram a repetir a experiência mas ao mesmo tempo investiram e dirigiram a sua formação académica para áreas relacionadas com a Viagem Medieval. Assim "cresceram" com o evento. Muitos destes já terminaram a formação ou estão praticamente a terminar e trazem novas ideias e novos projectos. Por isso a Viagem continuará a ser a melhor e cada vez será mais grandiosa. Não quero parecer injusto e esquecer algum nome, mas sinto-me na obrigação de citar alguns. Lembro-me da Liliana Sousa que coordenou o projecto do voluntariado. Selecionar, conduzir, formar, etc, etc, etc mais de 200 pessoas com humores diferentes não deve ser nada fácil. Fantástico trabalho de uma ótima profissional e de uma óptima pessoa. Lembro-me da Rita (ritinha) que participava na animação do Bosque e que para além do trabalho no bosque ainda "tapava buracos" sempre que era necessário. Óptima profissional, com formação na área de teatro e que conhece a Viagem há anos. Lembro-me da Anabela Pinho que organizou a animação do castelo (grande simbolo feirense). Trabalho brilhante, com muita qualidade e diariamente com lotação esgotada. Para além disso ainda dirige o feliz e extraordinário produto "Ceias Medievais". Lembro-me da Luisa Magalhães e da Liseta Vieira que coordenavam o espaço dos trajes. Sabem como ninguém que tecidos, cores, padrões e modelos se vestiam na Época Medieval. Fazem dezenas de visitas a feiras medievais para estudar o mercado. Por último (certamente não será a última, mas não me recordo de mais ninguém) a Celina Marques. Conhce como ninguém quem vende dentro do perímetro da Viagem. Conhece as pessoas pelo nome, sabe o que eles vendem e durante o evento tenta sempre agradar a Gregos e Troianos. Digo-o, novamente sem hipocrisias, que adorava ter estas pessoas a trabalhar para mim ganhando mais do que eu se necessário. O Futuro espera por elas.

Como nota final ficam as saudades da Viagem Medieval e o desejo que o ano passe rápido para voltar a ver as ruas de Santa Maria da Feira repletas.

terça-feira, agosto 14, 2007

Onze nomeados Cavaleiros da Ordem da Viagem Medieval




A Comissão Executiva da Viagem Medieval atribuiu onze diplomas de Cavaleiro da Ordem da Viagem Medieval a voluntários que se destacaram pela sua prestação durante o evento, bem como a colaboradores que trabalharam para o projecto a título gracioso.

Foi o “reconhecimento dos voluntários que, pelo seu empenhamento, dedicação e atitude no desempenho das suas funções, antes e durante o projecto, se mostraram dignos de merecer o título de Cavaleiro da Ordem da Viagem Medieval”, sublinhou a Comissão Executiva.

Os diplomas foram entregues pelo Vereador da Cultura da Câmara Municipal, Amadeu Albergaria, na sessão de encerramento da Viagem Medieval. O ritual da nomeação esteve a cargo do grupo “Espada Lusitana”.

Receberam o diploma de Cavaleiro da Ordem da Viagem Medieval:


- Bruna Alves
- Cristina Rocha
- Hélder Silva
- Liliana Sousa
- Olívia Santos
- Paulino Oliveira
- Rosa Maria Pinheiro
- Sílvia Oliveira
- Tiago Santos
- Vanda Santos
- Vânia Silva




Para além dos nomeados Cavaleiros da Ordem da Viagem Medieval, a Comissão Executiva do projecto atribuiu um certificado de participação a todos os voluntários que trabalharam nesta edição, como forma de agradecimento pela “colaboração e empenhamento” prestados durante a Viagem e que “garantiram o sucesso do evento”.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Arte e Poder



Coordenação: Raquel Henriques da Silva Auditório 1 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa 00 de a 00 de de 0000 - Auditório 1 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa-->dias 19, 20, 21 e 22 de Setembro de 2007

O Relacionamento entre arte e Poder é substantivamente paradoxal. Sendo verdade que, desde sempre, os artistas trabalharam para o Poder - político, religioso ou social- , criando a sua simbologia mais determinante, é igualmente verdade que, muito frequentemente, essa aliança foi - e é- corroída pela capacidade polissémica das produções artísticas.
De facto, quando a Arte cumpre as suas razões de ser - imaginação e questionação- só aparentemente serve os seus "senhores" porque o seu raio de acção é na longa duração que atinge as suas mais fundas possibilidades. Finalmente, deve considerar-se que a "arte" é também "poder" que, nas dinâmicas das sociedades em rede, ganha progressiva eficácia, articulando-se com novos campos económicos que não produzem bens mas a sua simbolização e mediatização. Dentro destas problemáticas, o curso Arte e Poder oferece algumas narrativas dos seus encontros e desencontros, na História recente, propondo pistas de reflexão sobre as utopias da criação artística, determinantes, em todas as épocas, dos lugares da liberdade. Tivemos a intenção de propor vérios domínios da "Arte" - artes plásticas; arquitectura; música; teatro; literatura e cinema) e confrontar a historicidade do "poder" em Portugal, desde o Estado Novo.
PROGRAMA
Quarta-feira 19 de Setembro
14.30 Sessão de AberturaPresidente do I.H.C
15.00 Conferência inaugural Arte e PoderIdalina Conde (ISCTE)
15.45 Fascismos e Cultura (anos 30 e 40): Culturas de Estado entre a Modernidade e a Rejeição da ModernidadeManuel Loff (FLUP)
16.30 Quando o Poder quer dar nas vistasRui Mário Gonçalves (FLUL)
10.15 Do segundo pós-guerra à contemporaneidade:Arte e Política em Portugal - Das relações tempestuosas ao esfriamento pluralistaDavid Santos (Museu do Neo-realismo; FBAL-UL)
17.15 Debate
Quinta-feira, 20 de Setembro
Artes Visuais
09.30 A Veiculação do Poder no Mito da Experiência de Guerra e as suas Manifestações ArtísticasSílvia Correia (FCSH/UNL)
11.00 Intervalo para café
11.30 Arte e Mercadoria, Artes como Mercadoria, A DissençãoPedro Lapa (Museu do Chiado/Museu Nacional de Arte Contemporânea)
12.15 Debate
Arquitectura e Cidade
14.30 Arquitectos, Engenheiros, Antropólogos: Imagens da Arquitectura PopularJoão Leal (FCSH/UNL)
15.20 A Fundação Galouste GulbenkianAna Tostões (IST/UTL)
16.10 Intervalo para café
16.30 Esculpir a Cidade. Estudos sobre a Imagem do Regime na cidade de LisboaMarion Steiger (Universidade Técnica de Zurique)
17.15 Debate
Sexta-feira, 21 de Setembro
Música e Artes Performativas
09.30 Música Popular e Poder em Portugal no Século XXSalwa Castelo-Branco (FCSH/UNL)
10.15 A Criação Musical nos Regimes Autoritários Europeus no Séc. XXManuel Deniz Silva (Instituto Etnomusicologia)
11.00 Intervalo para café
11.30 Poder e Contra-Poder da Arte: Contextos do Novo Cinema PortuguêsPaulo Filipe Monteiro (FCSH/UNL)
12.15 Debate
O Poder da Arte
14.30 Que fazer com este Poder?António Pinto Ribeiro (Fund. Caluste Culbenkian)
15.20 Corografias do Poder FotoTeresa Siza
16.10 Intervalo para café
16.30 Corpos DemocráticosDaniel Tércio (UTL/FAC. Motricidade)
17.15 Debate
Sábado, 22 de Setembro
10.30 Mesa Redonda
12.00 Sessão de Encerramento Presidente do IHCCoordenadora Científica do Curso
Inscrições: 4 dias /Por dia
Regime geral €60 €20
Estudantes* €30 €10
*Apresentar cópia de documento comprovativo

Ciclo de Conferências "D. Carlos no seu tempo - Artes, Ciências e Letras"